Começar de Novo, esse é o nome do programa criado pelo Conselho Nacional de Justiça, em parceria com o Judiciário nos estados, que dá oportunidade de recomeço, através do trabalho, para oriundos do sistema prisional. O juiz Reginaldo Andrade, da Vara de Execuções Penais, procurou o prefeito eleito Clécio Luís para apresentar o programa.
Há cerca de 2.200 presos do Amapá, dos quais aproximadamente 1.500 em condições de cumprir regime semiaberto. São esses os que podem participar de programas de ressocialização através do trabalho externo. Mas, é preciso sensibilizar poder publico e as empresas para oferecerem postos de trabalho a apenados e egressos do sistema penal.
Por essa razão o juiz Reginaldo e sua assistente, a pedagoga Ângela Martins, apresentaram à equipe de transição e ao prefeito Clécio as nuances do programa, que hoje é compartilhado pelo município com 45 postos de ocupação. Clécio assegurou a manutenção do acordo e garantiu que tem todo interesse em apoiar o projeto.
Reginaldo Andrade garantiu que os resultados são positivos e que essa é a melhor forma de evitar a reincidência no crime. "Temos 9.100 processos na Vara de Execuções Penais atualmente, a maioria por reincidência", disse ele. "As pessoas vão para o crime porque não são capacitadas e não encontram empregos", completou.
O coordenador da transição, Charles Chelala, disse que o programa Começar de Novo "é um bálsamo para a equipe, que vem se debruçando sobre questões áridas na transição". Ele comprometeu a equipe de transição a trabalhar junto aos futuros gestores a favor dos projetos de ressocialização.