5 de novembro de 2012

Servidores da saúde mostram problemas à equipe de transição

Uma assembleia dos servidores públicos da saúde realizada nesta segunda-feira, 05, no Centro de Convenções Azevedo Picanço, diagnosticou um caos saúde do município de Macapá. O objetivo da assembleia era revelar um quadro da área através das observações e relatos dos servidores à equipe de transição de Clécio Luís, prefeito eleito da capital.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindisaúde), Dorinaldo Malafaia, várias denúncias de irregularidades tem chegado a ele desde o final das eleições. “Ontem recebi uma ligação de funcionários da Unidade de Pronto Atendimento Lélio Silva perguntando: Nós podemos paralisar as atividades, já que não tem alimentação, material de limpeza, equipamentos para trabalhar?”.

Malafaia explicou que tais problemas já vinham ocorrendo, contudo, se agravaram após o resultado das eleições. “É um absurdo estarmos com três unidades básicas de saúde fechadas e o Samu sem gasolina”, exclamou. As unidades às quais Malafaia se refere são: Lélio Silva, no Buritizal, Rubim Aeronovith e Marcelo Cândia na zona norte.

Outro problema relatado pelos servidores da saúde é a questão salarial. Eles não receberam os 10% de reajuste no salário, e muitos estão com os nomes sujos por causa do não repasse da prefeitura aos bancos, referentes aos empréstimos consignados.

Rinaldo Martins, membro da equipe de transição de Clécio, recebeu as denúncias e se mostrou preocupado com o quadro apresentado. Na assembleia ele recebeu informação de que funcionários do contrato administrativo estariam sendo exonerados pelo atual prefeito. “Isso nos preocupa muito, porque se de fato isso estiver acontecendo as unidades de saúde vão fechar. Não só por falta de pessoal, mas pelas condições de trabalho e pela questão do abastecimento”.

O diálogo dos servidores da saúde com a nova gestão está aberto. Tanto o presidente do Sindsaúde quanto Rinaldo Martins pensam ser importante essa aproximação. De um lado está o trabalhador, que conhece a fundo os problemas do setor, e de outro está o conhecimento técnico e político capaz de realizar mudanças significativas na área da saúde em Macapá. “Esperamos que esse diálogo seja mantido e que possamos juntos encontrar soluções para resolver este caos que está a saúde”, completou Malafaia.